RELEMBRANDO... PARIS, EU TE AMO

"UM FILME BELO E ENCANTADOR"
O cinema em geral já teve milhares de filmes onde mostrar a beleza e a importância do amor era o principal objetivo. Alguns foram bons, outros excelentes e já outros esquecíveis. Porém, neste “Paris, Eu Te Amo” o amor é lidado de maneira diferenciada e através do olhar de vários diretores. O filme é um recheado de 21 curtas de apenas cinco minutos e cada um deles é dirigido por uma pessoa, e o grande êxito disso tudo é que cada um desses curtas metragens a mensagem e o conteúdo são maravilhosos e tocantes. E devido a isso, “Paris, Eu Te Amo”, quando foi lançado em 2006, ganhou grande notoriedade e ótimas críticas possibilitando ano passado à estréia de “Nova York, Eu Te Amo” que usa da mesma fórmula e é também outra obra maravilhosa que merece ser vista.

Porém, como Paris é a cidade do AMOR, o primeiro filme dessa “franquia EU TE AMO” consegue ser um pouco melhor que o “Nova York...”. Aqui, todas as tramas possuem um modo arrebatador e encantador de mostrar relacionamentos e tratar de sentimentos e temas como: confiança, tristeza, fidelidade e é claro, THE LOVE.

Temos uma mãe que perdeu o filho e ainda não se recuperou, um rapaz que se apaixona a primeiro vista por uma moça no estacionamento, uma vampira que se apaixona por um mortal e diversas outras histórias tão delicadas e bem contadas que é impossível não sentir uma alegria e comoção com o desenrolar da obra. Entretanto, o meu curta predileto é a do mímico que acaba encontrando o amor de sua vida na prisão. Um curta divertido que nos ensina que devemos ser felizes e ir à procura da felicidade na vida, e que o verdadeiro amor irá aparecer quando a gente menos espera.

Afinal, “Paris, Eu Te Amo” é bem cheio dessas lições sobre o amor e a vida. Mais o grande êxito do enredo é fazer com que essas lições sejam apresentadas sem cair no cansativo ou no pessimismo. Tudo é mostrado de forma bem leve, verdadeira, direta e com uma sutileza fora do normal. Aqui, cada diretor procura ter uma sensibilidade extrema na forma de transmitir essas lições e principalmente, de como ali, poder exaltar e mostrar a beleza que é Paris. Até os irmãos Cohen pegam a sua violência e a desenvolve de forma bem verdadeira, delicada e envolvente. E é um dos melhores curtas do filme este dirigido pelos irmãos Cohen.

Então, você que ainda não assistiu ao filme “Paris, Eu Te Amo” não perca tempo e corra para a locadora mais próxima, loque e se divirta e emocione com este filme que é sensacional. Uma grande idéia é mostrada de forma grandiosa. E por menos que tenha sim algumas tramas não lá muito memoráveis, todos os curtas de “Paris, Eu Te Amo” são imperdíveis e possuí suas qualidades. E ainda, você pode pegar carona assistindo também o muito bom “Nova York, Eu Te Amo”, que se encontra nos cinemas de algumas cidades.


Nota: ««««




Filme: PARIS, EU TE AMO****
(Paris, je t'aime - Liechstenstein, Alemanha, França e Suiça)

Ano: 2006

Dirigido por: Olivier Assayas, Frédéric Auburtin, Emmanuel Benbihy, Gurinder Chadha, Sylvain Chomet, Ethan Coen, Joel Coen, Isabel Coixet, Wes Craven, Alfonso Cuarón, Gérard Depardieu, Christopher Doyle (2), Richard LaGravenese, Vincenzo Natali, Alexander Payne

Elenco: Florence Muller, Hervé Pierre, Bruno Podalydès, Leïla Bekhti, Julien Beramis, Cyril Descours, Thomas Dumerchez, Daniely Francisque, Salah Teskouk, Marianne Faithfull, Elias McConnell, Gaspard Ulliel, Julie Bataille, Steve Buscemi, Axel Kiener

Crítica: O HOMEM QUE ENGARRAFAVA NUVENS




Filme: O HOMEM QUE ENGARRAFAVA NUVENS
(nacional)

Ano de produção: 2010
Lançamento no Brasil: 2010

Dirigido por: Lírio Ferreira

Elenco: --

Sinopse: O documentário-musical O homem que engarrafava nuvens, sobre a vida e a obra do compositor, advogado, deputado federal e criador das leis de direito autoral, Humberto Teixeira, também conhecido como "O Doutor do Baião" por ser o autor de clássicos populares como Asa Branca.

Crítica: COMO TREINAR O SEU DRAGÃO




Filme: COMO TREINAR O SEU DRAGÃO
(How to Train Your Dragon - EUA)

Ano de produção: 2010
Lançamento no Brasil: 2010

Dirigido por: Dean DeBlois e Chris Sanders

Elenco: Vozes de: America Ferrera, Gerard Butler, Jonah Hill, Jay Baruchel, Christopher Mintz-Plasse.

Sinopse: Na Ilha de Berk, lutar contra dragões é um estilo de vida. Por isso, o ponto de vista progressista e o senso de humor fora de padrão do adolescente viking Soluço não combinam muito bem com sua tribo e o chefe dela, Stoico – por sinal, pai do menino. Quando Soluço é inserido no Treino com Dragões com outros jovens vikings, enxerga a oportunidade de provar que tem o que é preciso para ser um guerreiro. Mas, ao se tornar amigo de um dragão ferido, seu mundo vira de cabeça para baixo, e o que teve início como a chance de Soluço provar do que é capaz acaba virando uma oportunidade de criar um novo rumo para o futuro de toda a aldeia.

Crítica: VÍRUS



Filme: VÍRUS
(Carriers - EUA)

Ano de produção: 2010
Lançamento Brasil: 2010

Dirigido por: Alex e David Pastor

Elenco: Chris Pine, Lou Taylor Pucci, Piper Perabo, Emily VanCamp, Christopher Meloni, Josh Berry, Jeremy Burnell.

Sinopse: Um vírus mortal se espalhou por todo o globo. Quatro jovens dirigem pelas estradas dos EUA com o objetivo de chegar ao Golfo do México, onde poderiam sobreviver a doença apocalíptica. Seus planos começam a dar errado quando o carro quebra em uma estrada isolada.

RELEMBRANDO... A MULHER FAZ O HOMEM (1939)

"UMA CRÍTICA A PODRIDÃO DA POLÍTICA É FEITA DE FORMA MAGISTRAL POR FRANK CAPRA"
Frank Capra é um dos diretores mais humanos que Hollywood já teve. Em todos os seus filmes, Capra narra verdadeiras histórias de vida e superação. E tudo, de maneira delicada e nunca deixando a obra cair no marasmo ou no ritmo cansativo.

Tomemos como exemplo A Felicidade Não Se Compra, a grande obra prima do diretor. Neste filme, ele nos mostra a história de um homem de coração bom, que ajuda as pessoas, porém, devido às maquinações de um rico da região, decide se suicidar pulando de uma ponte. Porém, devido às diversas orações feitas pelas pessoas, um anjo surge para lhe mostrar que as pessoas nas quais ele ajudou não estariam tão felizes hoje se ele não existisse, e que se morrer, o que será das outras tantas que ainda precisam da sua ajuda? Pode parecer um enredo até clichê, porém, a sutileza e a forma humana com que Capra narra essa história são os verdadeiros méritos do filme, e estas qualidades estarão presentes em todos os seus trabalhos.

Mais o assunto aqui não é A Felicidade Não Se Compra (falaremos deste clássico em um outro Relembrando...), e sim, A Mulher Faz o Homem, outro filme de Capra onde existe um personagem de bom coração que terá de enfrentar a desonestidade e a malícia de outras pessoas. Porém, neste caso, tudo envolve a política.

A história é a seguinte: Jefferson Smith (James Stewart) é um inocente escoteiro do interior que é convidado para se tornar o mais novo senador dos Estados Unidos, porém, tudo não passa de uma estratégia política onde ele será apenas um fantoche para favorecer um plano de propina a favor de outros políticos. E com o decorrer da história, Jefferson Smith, uma pessoa apaixonada pela história dos EUA e um sujeito 100% honesto em qualquer situação que seja, começa a descobrir esse mar de lama e ver que tudo o que sempre acreditou em relação à bondade e ao caráter dos comandantes de seu país eram apenas palavras.

Eu não sou muito fã de filmes políticos, e este A Mulher Faz o Homem não deixa de ter sim o seu lado político. Apesar de ter se tornado um clássico (como a maioria dos trabalhos de Capra), eu acho que Capra deixa de lado aquela sutileza e vivacidade para com a história. O filme ele têm como objetivo mostrar a podridão que é a política, e que tudo escrito em constituições, livros e monumentos sobre a honestidade dos governantes e as suas prioridades em mudar a vida da sociedade não passam de mentiras.

Neste ponto Capra consegue passar com convicção e causar desconforto no telespectador por mostrar o podre dos políticos, porém, o desenrolar não acho tão bem realizado quanto a de outros filmes como o do próprio A Felicidade Não Se Compra. O amor de Jefferson Smith e Clarissa Saunders é deixado meio que de lado não conseguindo emocionar ou se identificar muito com o público.

Mais prestem atenção, eu não estou dizendo que A Mulher Faz o Homem é um filme ruim, pois é uma obra primorosa e de muita competência. Só não conseguiu causar o mesmo impacto que filmes como “A Felicidade Não Se Compra” e “Esse Mundo É Um Hospício” conseguiram. Acho que ficou um filme bem político e menos sutil, e o detalhe “a mulher faz o homem” não convence tanto assim.

O elenco do filme é um dos pontos de extrema competência da obra. James Stewart é um dos meus atores preferidos e aqui, ele está bem no começo de sua carreira e já tinha trabalho anteriormente com Capra no filme Do Mundo Nada Se Leva. E Stewart usa seu talento conseguindo injetar mais realidade ao seu personagem convencendo o publico de sua conduta íntegra e de sua tristeza com a injustiça sofrida. Sem dúvida alguma, Stewart foi um desses grandes atores onde realmente fazia a diferença em um filme, e além de trabalhar com Capra, já trabalhou com outros mestres do cinema como por exemplo: Hitchcock, em ótimos filmes como Janela Indiscreta e Um Corpo Que Caí.

A Mulher Faz o Homem pode não ter a mesma sensibilidade como outros trabalhos de Capra, mais é um filme que mostra de forma verdadeira e real a podridão que é a política. E as seqüências finais no parlamento são o grande clímax da obra e um dos melhores momentos do filme. Vale à pena assistir com certeza!


Nota: ««««




Filme: A MULHER FAZ O HOMEM****
(Mr. Smith Goes to Washington)

Ano: 1939

Dirigido por: Frank Capra

Elenco: James Stewart, Ruth Donnelly, Eugene Pallette, Claude Rains...

Sinopse: Inocente homem do interior (James Stewart) é convidado a se tornar senador dos Estados Unidos e aos poucos descobre-se em um mar de lama que ameaça tudo o que ele acreditava em relação à bondade e ao caráter dos comandantes de seu país.

Crítica: NÍCOTINA (em DVD)


Filme: NÍCOTINA
(Nicotina - MÉXICO)

Ano de produção: 2003

Lançamento Brasil: 2003

Dirigido por: Hugo Rodriguez

Elenco: Diego Luna; Marta Belaustegui; Lucas Crespi; Jesús Ochoa; Rafael Inclán;
Rosa Maria Bianchi.

Dirigido por Hugo Rodriguez, Nicotina é um filme mexicano estrelado pelo mais conhecido do elenco Diego Luna, ator mexicano que já participou de filmes como Milk – A Voz da Igualdade, Frida, O Terminal e dentre outras obras americanas. E esta fita, lançado em 2003, é um filme de extrema eficiência em sua estrutura narrativa e no desenrolar de suas tramas.

Ao dirigir Nicotina, Hugo Rodriguez deve ter assistido ou revisto vários filmes de Quentin Tarantino e dos irmãos Cohen. Aqui, ele cria uma fita cheia de reviravoltas e situações inusitadas capazes de surpreender o telespectador. E tudo isso, por causa de um trato que acabou dando errado e que ocasionou todas as situações apresentadas pelo roteiro. Nicotina, de um certo lado, pode-se dizer que é uma versão mexicana de um Queime Depois de Ler, mais claro, com uma história não tão aperfeiçoada e aprofundada como no filme dos irmãos Cohen.

E a fita, apesar da estrutura comum e nada nova, copiada de forma menos eficiente de filmes dirigidos por Tarantino e irmãos Cohen, é uma obra, que apesar de tudo, consegue envolver de maneira excepcional o telespectador. Grandes partes dos acontecimentos surpreendem e são capazes de deixar o público de boca aperta devido às decisões tomadas pelos personagens. Sem falar, que acima de tudo, Nícotina é divertido e envolvente. Tem alguns deslizes de dinâmica e roteiro? Sim. Entretanto, não deixa de ser uma obra capacitada e eficiente em cumprir seu objetivo. Uma diversão despretensiosa que agrada 100% o telespectador. Merece ser visto!

Nota:

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Crítica por Matheus C. Vilela

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