RECENTE NAS LOCADORAS

É PROIBIDO FUMAR***
(É Proibido Fumar, 2009/BRASIL)
Dirigido por: Anna Muylaert

Sinopse: Baby (Glória Pires) é uma professora de violão, romântica e solitária, que deseja ardentemente viver uma grande paixão. Com a mudança de Max (Paulo Miklos), um músico de bar recém-separado, para o apartamento vizinho ao seu, Baby tem a chance de realizar seu sonho. Mas, para conquistar o amor, ela terá que abrir mão de seu mais antigo e fiel companheiro, o cigarro.

Existem filmes que não são emocionantes ou marcantes em sua estrutura, entretanto, de certa forma, alguns desses tipos de filmes nos conseguem conquistar com sua história agradável e a simpatia de seus atores, e isto, é justamente o que posso falar de É Proibido Fumar, dirigido pela diretora e roteirista Anna Muylaert e estrelado por Glória Pires e Paulo Miklos.

Uma das melhores qualidades deste trabalho considerado o Melhor Filme no Festival de Brasília do ano passado é sem dúvida alguma a direção de Anna Muylaert. Anna desenvolve a história com um estilo bem filme Cult onde sempre posiciona a câmera em um ponto e deixa o restante por conta dos atores, e o melhor tudo, é que essa opção da diretora para filmar É Proibido Fumar não soa, em nenhum momento, cansativa ou algo prejudicial à eficiência da obra, pois acima de tudo, a fita consegue envolver quem está assistindo devido ao extremo talento e a ótima química formada entre os seus dois protagonistas. Glória Pires encanta e consegue, até nos momentos mais propícios ao martírio, chamar a atenção do público para com a história, e Paulo Miklos diverte e agrada com seu jeitão de músico apaixonado por MPB. Os dois estão fantásticos e é a melhor coisa existente na película.

Entretanto, claro, É Proibido Fumar não é uma perfeição toda. Acho que a relação entre os dois personagens começa um tanto quanto rápida deixando a sensação de que a história está com muita pressa de explorar esse início do relacionamento e ainda, o romance entre os personagens necessita um pouco de nuance, detalhe que deixaria a relação ainda mais identificável e emocionante para o público. Porém, apesar disso, É Proibido Fumar é um trabalho muito competente de Anna Muylaerte e é um filme que merece ser assistido, pois apesar dos deslizes, é um material envolvente, divertido e que possui seus momentos de imprevisibilidade. Pode não ser o melhor filme brasileiro lançado em 2009, mais também não faz feio.

JOGO DE MENTIRAS*
(Moment of Truth, 2010/EUA)
Dirigido por: Jake Goldberg

Sinopse: Quando Don McKay, um tranqüilo zelador de colégio, recebe uma carta dizendo que Sonny, sua amada de infância, está mortalmente doente, ele volta correndo à sua cidade natal. Imediatamente eles reatam o antigo romance, mas obscuros personagens do problemático passado de Sonny começam a aparecer e logo Don se vê enredado num jogo de crime, traição e mistério. Mas quando nada é o que parece... até mentiras se tornam verdade!

Eu não consigo entender como produtores e diretores são capazes de continuarem realizando filmes de suspense ao estilo deste Jogo de Mentiras. Será que eles não lêem o roteiro antes para entenderem que aquela história não decola e não dará resultado? É simplesmente tedioso perder uma hora e meia de nossa preciosa vida sabendo que poderia estar vendo coisa melhor. Este Jogo de Mentiras serve para comprovar ainda mais a tese de que nem mesmo o mercado de home video de filmes americanos está conseguindo produzir coisas boas, e isto é algo ruim tanto para o o cinema quanto para o próprio público em si.

O roteiro deste Jogo de Mentiras além de reciclar uma estrutura narrativa nada nova, consegue ao mesmo tempo ser incapaz de envolver o público e fazê-lo sentir a tensão vivida pelos personagens devido aos acontecimentos. Dirigido por um desconhecido chamado Jake Goldberg, o filme em muitos pontos pende para o drama novela e pouco consegue engrenar de forma empolgante no seu ritmo narrativo, que é lento e arrastado. Uma história cheia de revelações e tramas que poderiam ser chocantes, aqui, resumi-se somente a situações que não conseguem impactar e surpreender o público, e tudo, encabeçado por atuações horríveis e inexpressivas de atores que já concorreram ao Oscar. E para completar a desgraça, o desfecho da fita é algo megalomaníaco recheado de explicações mal explicadas e motivos ilógicos. Jogo de Mentiras é mais uma dessas decepções do mercado de home video onde a vontade que fica é de quebrar tanto o aparelho de DVD quanto o próprio CD do filme.

Crítica: SEX AND THE CITY 2




Filme: SEX AND THE CITY 2
(Sex and The City 2/EUA)

Ano: 2010

Dirigido por: Michael Patrick King

Elenco: Sarah Jessica Parker, Cynthia Nixon, Kim Cattrall, Kristin Davis, Chris Noth, Max Ryan, David Eigenberg, Evan Handler, Liza Minnelli, Miley Cyrus.

Sinopse: Samantha tentará encontrar uma mãe de aluguel para ter um filho. Charlotte passará por uma crise no casamento por achar que está sendo traída. Miranda Hobbs abrirá um restaurante em família. Carrie mostrará as desventuras de sua relação com Mr. Big, ao mesmo tempo em que volta a encontrar um antigo affair.

Crítica: DEU A LOUCA NOS BICHOS




Filme: DEU A LOUCA NOS BICHOS
(Furry Vengeance/EUA)

Ano: 2010

Dirigido por: Roger Kumble

Elenco: Brendan Fraser, Brooke Shields, Nean Lyman, Angela Kinsey, Rob Riggle, Skyler Samuels, Ricky Garcia, Samantha Bee.

Sinopse: Dan Sanders (Brendan Fraser) acaba de se mudar com a família de Chicago para a floresta de Oregon, onde vai trabalhar na construção de um suposto desenvolvimento de habitação ecologicamente correto. Ele acreditava que seu maior problema seria lidar com a fobia pela natureza de seu filho adolescente. Ou suportar seu exigente chefe. Mas, quando o patrão ordena que o habitat dos animais que ali vivem seja destruído, Dan entra na lista negra dos bichos e está para descobrir quanta confusão um bando de criaturas da floresta pode causar. Eles sabotam o trabalho de Dan durante o dia e atormentam o seu sono à noite, colocando a carreira do empreiteiro em risco e iniciando uma engraçada batalha entre homem contra a natureza.

RECENTE NAS LOCADORAS

O FANTÁSTICO SR. RAPOSO*****

(The Fantastic Mr. Fox, 2009/USA)
Dirigido por: Wes Anderson

Mudar a natureza de um ser humano é algo quase impossível de se fazer. Nós somos seres difíceis e preocupamos sempre em saciar nossas vontades, e isto é justamente o que Wes Anderson fala nesta animação em stop motion intitulada O Fantástico Sr. Raposo. Nós temos aqui uma família de raposas que cujo seu o líder (Mr. Fox) têm como profissão roubar galinhas de três fazendeiros da região para alimentar tanto a si quanto à sua família. Porém, em um certo dia, quando é quase pego junto com sua esposa (Sra. Raposa) em uma das armadilhas dos fazendeiros, este é obrigado pela mulher a largar esta profissão e fazer algo que não comprometa mais a existência de sua família, porém, depois de alguns anos, sua natureza animal começa a falar mais alto fazendo com que este volte a ativa novamente. Só que, agora, cansados de perderem as galinhas, os três fazendeiros se unem em busca de vingança e estão dispostos a fazerem de tudo para capturarem as raposas.

A detalhe mais interessante nesta animação stop motion baseada em um livro de Roald Dahl é justamente esta história criativa e muito interessante. Para quem não sabe, Roald Dahl é o mesmo criador de clássicos da literatura infantil como "A Fantástica Fábrica de Chocolate", "Matilda" e "James e o Pêssego Gigante", e em todas estas histórias, é comum Dahl injetar um ar surrealista para narrar as tramas e transmitir suas mensagens. Você pode perceber que em todas estas obras citadas acima é existente um ar fantástico e maravilhoso nas situações, detalhe que gosto bastante por deixar as histórias diferentes e bem mais envolventes. E aqui, neste o Fantástico Sr. Raposo, Dahl escolhe raposas para representar a natureza humana, pois apesar de serem AMIMAIS, tudo ali têm como objetivo apresentar o jeito difícil e complicado de nós seres humanos, que mesmo realizando mudanças radicais, sempre irá existir aquela velha natureza esperando novamente para sair fora. E nada melhor do que contar isto usando raposas, animal que é mostrado sempre nas histórias como os sacanas, os desonestos e ladrões.

E além desse roteiro complexo e muito eficiente, a fita também possui um elenco de dublagem formidável que se encaixa perfeitamente no objetivo e intenção de cada personagem. George Clooney e Meryl Streep dublam, respectivamente, o Sr. e a Sra. Raposa, e as vozes de cada ator combina perfeitamente com o jeito e o modo de pensar de cada personagem. Clooney como o canastrão desonesto que não aguenta deixar de realizar seus roubos e Streep como a esposa fiel e preocupada em manter salva sua família. E além destes dois pesos pesados de Hollywood, O Fantástico Sr. Raposo também possui, na dublagem de personagens secundários, as vozes de Owen Wilson, Bill Murray, Willem Dafoe e dentre outros.

E assim como as demais obras de Dahl, O Fantástico Sr. Raposo segue na linha de lições de morais e aprendizados freqüentes, só que, agora, tudo é mais direcionado ao público adulto do que, propriamente, para crianças. E o filme, com um enredo bem escrito, uma dublagem fabulosa, uma trilha sonora empolgante que lembra filmes de máfia ao estilo "Os Intocáveis" e uma direção extremamente precisa de Wes Anderson (que realiza seu melhor filme da carreira até aqui), consagra-se como um clássico das animações e uma das melhores do ano, rivalizando lado a lado com o também excelente "Up - Altas Aventuras". Merece ser visto!

O AMOR PEDE PASSAGEM
(Management, 2009/USA)
Dirigido por: Stephen Belber

Clique no link abaixo e leia a crítica do filme:

Artista do Mês de Maio: RIDLEY SCOTT

Devido ao recente lançamento do filme Robin Hood de Ridley Scott, mostrarei agora os seus 10 melhores trabalhos da carreira. Aqueles filmes que de certa maneira conseguiram marcar minha vida e/ou obter um espaço no meu coração. Vamos ao TOP10 da carreira deste grande diretor, que na minha opinião, é um dos melhores que o cinema americano já conseguiu.


TOP10 RIDLEY SCOTT
(em ordem cronológica)


OS DUELISTAS (1977)***
Elenco: Keith Carradine, Harvey Keitel, Albert Finney, Edward Fox, Cristina Raines, Robert Stephens, Tom Conti, John McEnery, Diana Quick, Alun Armstrong, Maurice Colbourne, Gay Hamilton, Meg Wynn Owen, Jenny Runacre, Alan Webb

Primeiro filme de Ridley Scott, aqui, este grande diretor mostra seu talento para com a produção, tomadas de câmeras e no equilíbrio narrativo, nunca exagerando em nada. O filme relata o confronto de dois soldados franceses, que ao se desentenderem, iniciam um duelo que dura longos 15 anos, e mesmo sendo impedidos de continuar a briga devido aos acontecimentos do momento, os dois prometem, sempre que se encontrarem, continuar a batalha. Entretanto, mesmo ganhando prêmio em Cannes e Scott sendo muito elogiado pela crítica, o erro crucial da fita se encontra justamente no enredo. O duelo entre os dois soldados inicia-se de forma rápida demais quase que não deixando o público envolver-se no ocorrido, e ainda, o duelo entre ambos, com o decorrer do filme, não fica muito empolgante e arrebatador como se esperava. Porém, mesmo com os deslizes de ritmo que é comum vindo de um iniciante na época, Scott merece elogios pelo equilibro e leveza com que conduz os personagens e lidera a produção, que é impecável. Uma boa estreia!

ALIEN - O OITAVO PASSAGEIRO (1979)****
Elenco: Tom Skerritt, Sigourney Weaver, Veronica Cartwright, Harry Dean Stanton, John Hurt, Ian Holm, Yaphet Kotto, Bolaji Badejo, Helen Horton, Eddie Powell.

Primeiro filme desta franquia que ficou imortalizada na história do cinema, e que teve, em seguida, várias continuações, Alien - O Oitavo Passageiro já nos apresenta uma grande evolução na carreira de Scott. Neste trabalho, ele nos consegue deixar presos na sofá ao criar um suspense tenso e envolvente e que nunca, em nenhum momento, soa forçado e enjoativo. Além de criar cenas memoráveis e nos mostrar a imagem de um Alien unica e original, Scott acerta na escolha do projeto e têm aí sua grande guinada na carreira, com um sucesso absoluto de crítica e público.

Porém, a fita não é isenta de falhas. O monstro é muito pouco focalizado e tudo se desenvolve sem muito aprofundamento na história, mais é um excelente trabalho que merece sim ser nunca esquecido.

BLADE RUNNER (1982)****
Elenco: Harrison Ford, Rutger Hauer, Sean Young, Edward James Olmos, M. Emmet Walsh, Daryl Hannah, William Sanderson, Brion James, Joe Turkel, Joanna Cassidy, James Hong, Morgan Paull, Kevin Thompson, John Edward Allen, Hy Pyke


Sem dúvida alguma esta é uma das melhores fases da carreira de Ridley Scott. Sendo apenas seu terceiro filme, Scott realiza um outro mega sucesso de crítica e público, e que hoje, é considerado por muitos, um clássico da ficção. Eu, particularmente, não digo que o filme seja uma mil maravilhas, algumas ideais que os roteiristas pensaram para o futuro acho bastante humildes e nada ousadas, outros filmes da época tinham uma visão do futuro bem mais interessante e moderna do que este filme. Entretanto, é um trabalho impecável de Scott que possui uma idéia interessante e original. As cenas de ação são muito bem realizadas, o elenco bem escalado e a abordagem do roteiro para a humanidade é notável e chamativa. Muito bom!

THELMA & LOUISE (1991)****
Elenco: Susan Sarandon, Geena Davis, Harvey Keitel, Michael Madsen, Christopher McDonald, Stephen Tobolowsky, Brad Pitt, Timothy Carhart, Lucinda Jenney, Jason Beghe, Marco St. John, Sonny Carl Davis, Ken Swofford, Shelly De Sai¹, Carol Mansell.

Olha, mesmo que tenha momentos previsíveis e bem típicos de comédias americanas, Thelma & Louise possui como trunfo o fato de conseguir fugir de clichês do gênero e criar uma aventura/comédia excelente válida ser vista em todos os momentos. Um trabalho competente, com atuações formidáveis de Susan Sarandon e Genna Davis e um roteiro bem escrito, desenvolvido e explorado. Ridley Scott acerta em cheio no tom, no ritmo e na imprevisibilidade do final, que é tocante.

1942 - A CONQUISTA DO PARAÍSO (1992)****
Elenco: Gérard Depardieu, Armand Assante, Sigourney Weaver, Loren Dean, Ángela Molina, Fernando Rey, Michael Wincott, Tchéky Karyo, Kevin Dunn, Frank Langella, Mark Margolis, Kario Salem, Billy L. Sullivan, John Heffernan, Arnold Vosloo

Produção impecável, atuações excelentes e uma trilha sonora excepcional. A música Vangelis é emocionante ao ser tocada com as cenas sensacionais de Ridley Scott, e mesmo que o filme erre em alguns momentos por vangloriar demais Colombo por este ter descoberto a terra onde hoje é os EUA, 1492 - A Conquista do Paraíso é uma aula de história belíssima e tocante. Vale a pena ser visto com certeza.

ATÉ O LIMITE DA HONRA (1997)*****
Elenco: Demi Moore, Viggo Mortensen, Anne Bancroft, Jason Beghe, Daniel von Bargen, John Michael Higgins, Kevin Gage, David Warshofsky, David Vadim, Morris Chestnut, Josh Hopkins, James Caviezel, Boyd Kestner, Angel David, Stephen Ramsey.

Considero este filme uma das grandes obras primas de Ridley Scott. Demi Morre (sempre linda) nos apresenta uma de suas mais complicadas e exigentes atuações da carreira, cortando o cabelo e realizando muito, mais muito exercício pesado que daria inveja em muito marmanjo por aí. E a história deste Até o Limite da Honra possui um fundo político intenso que tinha tudo para fazer o enredo cair na "enjueira", porém, a eficiência dos roteiristas não deixa que isto aconteça e estes criam um filme envolvente, conquistador e que trata de um tema muito pouco explorado pelo cinema em filmes sobre guerra e treinamento militar, ou seja, mulheres fazendo parte de grupos de elite onde apenas homens são requisitados, no caso aqui, um grupo de elite da Marinha Americana. E mesmo que não deixe de ter momentos clichês e outros políticos, Ridley Scott fala com pulso firme e muito talento sobre esta questão de mulheres em forças especiais, criando assim, um dos seus melhores e mais conquistadores filmes. Belo, tocante, intenso, arrebatador e com uma Demi Morre irretocável (nos dois sentidos).

GLADIADOR (2000)*****
Elenco: Russell Crowe, Joaquin Phoenix, Connie Nielsen, Oliver Reed, Richard Harris, Derek Jacobi, Djimon Hounsou, David Schofield, John Shrapnel, Tomas Arana, Ralf Moeller, Spencer Treat Clark, David Hemmings, Tommy Flanagan, Sven-Ole Thorsen.

Começa aqui uma das parcerias que proporcionaria para o cinema filmes de muita qualidade e competência. Ridley Scott e Russell Crowe, juntos, criam um dos melhores filmes de gladiadores que o cinema já viu, se não o melhor. Ganhador de vários Oscar e um clássico absoluto do cinema, Gladiador é um filme completo em todos os sentidos. Possui uma história que mistura fatos reais com ficção que acaba originando um material bem interessante e bem envolvente. Os efeitos especiais são imperceptíveis de tão perfeitos que são, as cenas de lutas no coliseu são fenomenais e históricas para o cinema, e ainda, Russell Crowe dá um show de atuação mostrando seu talento em fazer transparecer drama em um personagem onde a ação poderia roubar toda a cena.

FALCÃO NEGRO EM PERIGO (2001)***
Elenco: Josh Hartnett, Ewan McGregor, Tom Sizemore, Eric Bana, William Fichtner, Ewen Bremner, Sam Shepard, Gabriel Casseus, Kim Coates, Hugh Dancy, Ron Eldard, Ioan Gruffudd, Thomas Guiry¹, Charlie Hofheimer, Danny Hoch

Vale a pena assistir este Falcão Negro em Perigo somente pelas cenas de ação. Centenas de soldados americanos tenta capturar dois líderes de grupo de renegados da Somália e acaba desencadeando uma guerra com o exército local. Têm muito política, momentos parados e cansativos, o enredo não explora os personagens e até a própria guerra da Somália. Entretanto, a ação é bem realizada e consegue empolgar e chocar o telespectador com algumas cenas. Não é uma maravilha ou o melhor de Scott, mais é um bom filme para se assistir.

UM BOM ANO (2006)***
Elenco: Freddie Highmore, Albert Finney, Russell Crowe, Rafe Spall, Archie Panjabi, Richard Coyle, Ben Righton, Patrick Kennedy, Ali Rhodes, Daniel Mays, Nila Aalia, Stephen Hudson, Giannina Facio, Tom Hollander, Lionel Briand

Russell Crowe é um ator simpático que sempre consegue dar um ar diferente para seus personagens. E aqui, tanto Ridley quanto Crowe decidem embarcar no universo da comédia romântica clicherizada do típico cinema americano. E por menos que não tenha recebido ótimas críticas, considero este Um Bom Ano uma comédia simplória, sem pretensão alguma e que têm como trunfo o talento de Russell Crowe e Marion Cottilard (lindíssima) e principalmente, a ótima química que este dois atores exercem juntos. Claro, é um filme recheado de clichês e de muita coisa previsível, mais tenho certeza que Ridley leu o roteiro antes de aceitar o projeto e sabia no que estava se metendo, e mesmo que tenha esses momentos infames do roteiro, Um Bom Ano é um comédia agradável, divertida e que conseguiu me conquistar. É sempre bom ter comédias românticas onde o intuito é realizar algo que agrade sem precisar optar pela baboseira e indecência, e neste ponto, esta comédia de Ridley Scott acerta em cheio.

O GANGSTER (2007)*****
Elenco: Denzel Washington, Russell Crowe, Chiwetel Ejiofor, Josh Brolin, Lymari Nadal, Ted Levine, Roger Guenveur Smith, John Hawkes, RZA, Yul Vazquez, Malcolm Goodwin, Ruby Dee, Ruben Santiago-Hudson, Carla Gugino, Skyler Fortgang.

Depois de uns anos sem muitas crítica ótimas, Ridley retorna em 2007 com força total dirigindo um dos melhores filmes de gângsteres do cinema. Pode não ter o jeitão de "O Poderoso Chefão" ou "Os Intocáveis", entretanto, O Gângster é um filme inteligente onde cada situação é imprevisível, empolgante no seu desenrolar e ainda, possui atuações formidáveis de Russell Crowe (fiel parceiro de Scott) e Denzel Washington, o que apresenta a mais intrigante e melhor atuação da fita. Entretanto, Crowe também convence na pele de um policial incorruptível. Baseado em fatos reais.


CASO ESPECIAL

CRIANÇAS INVISÍVEIS (2005)*****
Elenco: Francisco Anawake, Maria Grazia Cucinotta, Damaris Edwards, Vera Fernandez, Hazelle Goodman, Hannah Hodson, Wenli Jiang, Wu Jiang, Dusan Krivec, Peppe Lanzetta, Kelly Macdonald (1), Ernesto Mahieux, Giovanni Mauriello, Coati Mundi, Rosie Perez.

Você deve estar se perguntando o porque deste Crianças Invisíveis ser um caso especial? Pois bem, eu decidi coloca-lo à parte devido ao fato de o filme ser dirigido não apenas por Ridley Scott, e sim, por vários outros diretores. Aqui, nós temos sete curtas metragens dirigidos por sete diretores de diferentes países (temos o Brasil também), e cada um, têm o objetivo de mostrar a situação das crianças de seu respectivo país. O resultado final é tocante e emocionante, cada curta possui sua qualidade e seu pingo de emoção, entretanto, eu considero o curta metragem dirigido por Ridley Scott e sua filha Jordan Scott o mais inferior de todos. Não consegui me emocionar e achei bem distante do público a visão de Scott, mesmo ligando as diversas guerras que a Inglaterra teve ao longo da história com a vivência das crianças, o resultado final não me agradou. Mais de modo geral é um excelente filme. Kátia Lund dá um show com nosso curta!

ASSISTA TAMBÉM ESTES OUTROS BONS FILMES DE RIDLEY SCOTT

A LENDA (1985)***
CHUVA NEGRA (1989)***
TORMENTA (1996)***
HANNIBAL (2001)***
OS VIGARISTAS (2003)***
A CRUZADA (2005)***
ROBIN HOOD (2010)***

Comentários por Matheus C. Vilela

RECENTE NAS LOCADORAS

AMOR SEM ESCALAS****

(Up In The Air, 2009/EUA)
Dirigido por: Jason Reitman

Jason Reitman possui uma filmografia pequena, porém, muito competente. Reitman iniciou sua carreira na direção com o filme "Obrigado Por Fumar", e dali em diante realizou mais dois trabalhos dignos de serem vistos e principalmente, dignos de nosso reconhecimento. Juno, lançado em 2007 e que concorreu ao Oscar de Melhor Filme, e ano passado este Amor Sem Escalas, que ao lado de seu filme de estreia é um dos melhores de sua carreira.

O nome AMOR SEM ESCALAS pode vender uma imagem errada do objetivo real do filme. O longa não é em nenhum momento uma fita de "romance" ou uma "comédia romântica", e sim, um drama tocante que trata de temas intensos como: solidão e família. Aqui, o personagem de George Clooney têm como profissão ir em empresas cortar gastos despedindo os funcionários, e com isto, sua vida resumi-se praticamente em inúmeras viagens de avião e pouco contato com os amigos e familia. E depois de sua empresa receber, de uma nova funcionária, uma idéia capaz de realizar as demissões sem precisar viajar de avião, Ryan Binghan vê-se ameaçado em ter de ficar em terra firme contemplando o que realmente é ter um lar, uma idéia agradável mais ao mesmo tempo aterrorizante. E com isso, decide provar que tal revolução não ajudará em nada e que é uma ofensa à pessoa demitida, e assim, recebe a missão de treinar esta nova funcionária levando-a consigo em suas viagens e provar que tal tarefa deve ser feita cara a cara com o individuo, e não de uma forma cruel e virtual através de uma vídeo conferência.

O filme é uma adaptação do livro escrito por Walter Kim, e um dos grandes êxitos do longa, é justamente não optar por escolher o caminho do romance ou da comédia romântica. Temos um personagem com sérios problemas sentimentais, que é distante de familia e amigos e é acostumado somente com viagens, hotéis e comidas de avião. E ao receber a tarefa de ajudar uma nova funcionaria, encontramos ali um refugio para o personagem superar seus problemas tendo uma amiga presente, entretanto, este parece não saber como sair de sua rotina diária e começar uma nova vida em terra firme, com uma casa fixa, amigos e família. E a partir daí, Jason Reitman desenvolve está história de uma forma tocante e conquistadora, mostrando como nós seres humanos somos capazes de prender nossa vida ao trabalho e esquecer das coisas boas que nela existe, e tudo, acompanhado de uma trilha fabulosa que ajuda ainda mais para a emoção do filme.


E além dessas qualidades presentes na dramatização de Amor Sem Escalas, outra grande qualidade do roteiro é nunca ficar dando lições de morais ou pender-se para o lado político, detalhe que tinha tudo para acontecer. O filme se passa numa época de crise financeira e nosso personagem principal têm como profissão cortar gastos despedindo os funcionários da empresas, e apesar de ter momentos chatos onde estes começam a dar força de vontade para algumas pessoas que foram demitidas, sendo uma forma indireta de falar com o povo norte americano que está sofrendo com a crise e o desemprego, Jason Reitman não deixa que isto torna-se algo relevante para história, e rapidamente, apaga o ocorrido.

E um detalhe que eu acho desnecessário e que algumas pessoas me criticaram por ter dito isto no video, é que não considero muito importante para a história a personagem interpretada por Vera Farmiga. Ela também viaja de avião constantemente e tanto ela quanto Clooney sempre dão um jeito de fazerem suas escalas coincidirem para se encontrarem, mais o roteiro explora tão pouco sua personagem que quase não nos identificamos com ela. Sua atuação é ótima, mais se sua personagem tivesse ou não ali o drama de Clooney continuaria intenso, mesmo ela sendo o interesse romântico dele.

Amor Sem Escalas é um filme que merece ser visto com certeza, uma história emocionante contada com muito humor e simplicidade. Anna Kendrick e Vera Farmiga estão ótimas e George Clooney nos mostra uma de suas melhores interpretações e um de seus melhores filmes, onde este consegue transmitir com muita competência a solidão e sofrimento vivido por seu personagem, e isto, sempre de forma fechada para com a vida. Vale a pena assistir!

ZUMBILÂNDIA***
(Zumbiland, 2009/EUA)
Dirigido por: Ruben Fleischer

Por causa de um sanduiche contaminado, um virus que transforma as pessoas em zumbis começa a se espalhar pelos Estados Unidos. No filme temos um nerd adolescente que possui suas regras de sobrevivência para conseguir manter-se vivo, um cara fodão chamado Tallahassee que não têm medo de nada e ama matar zumbis. Os dois trabalham juntos para sobreviverem e partem numa viagem em busca de um Twinkie, um bolinho de recheio cremoso que Tallahassee está doido para comer. No meio do caminho encontram duas meninas que também lutam por sua sobrevivência e que acabam se unindo a eles.

Zumbilândia é uma comédia de zumbis cheia de ação e acontecimentos bem divertidos. O diretor Ruben Fleischer realiza tomadas de câmeras empolgantes, ágeis e cria um filme agradável e competente. Entretanto, Zumbilândia é apenas uma diversão. Não possui uma grande história e seus personagens vagam sem objetivo algum. A única coisa que interessa é a diversão, a comédia e a empolgação das cenas. E apesar de ter um elenco bem escalado e animado, a melhor coisa do filme é Bill Murray interpretando ele mesmo. O ator faz uma aparição rápida mais é o responsável pelos melhores momentos cômicos do filme. É simplesmente inesquecível Murray no fita.

Finalizando então, Zumbilândia vale como uma diversão. Não é uma comédia hilária e memorável, é apenas algo divertido e que têm suas qualidades. Por causa do sucesso da fita, provavelmente teremos uma continuação, e espero que no próximo façam uma história mais elaborada e personagens melhores desenvolvidos. Mais vale a pena ver pelo ótimo elenco, e principalmente, pelo sr. caçador de fantasmas. Prefiro mais o humor pastelão e histérico de Planeta Terror.

Críticas por Matheus C. Vilela

Crítica: FÚRIA DE TITÃS




Filme: FÚRIA DE TITÃS
(Clash of the Titans - EUA)

Ano: 2010

Dirigido por: Louis Leterrier

Elenco: Sam Worthington, Pete Postlethwaite, Mads Mikkelsen, Gemma Arterton, Alexa Davalos, Ralph Fiennes, Liam Neeson.

Sinopse: Em 'Fúria de Titãs', a disputa pelo poder lança os homens contra os reis, e os reis contra os deuses. Mas a guerra em curso entre os deuses já é suficiente para destruir o mundo. Nascido de um deus, porém criado como homem, Perseu (SAM WORTHINGTON) se vê indefeso para salvar a família da aniquilação por Hades (RALPH FIENNES), o vingativo deus do reino dos mortos. Sem nada a perder, Perseu se oferece como voluntário para comandar a perigosa missão de derrotar Hades, antes que este consiga obter poder de Zeus (LIAM NEESON) e instalar o inferno na Terra. Liderando um grupo de guerreiros, Perseus parte numa arriscada jornada nas profundezas dos mundos proibidos. Combatendo demônios cruéis e monstros terríveis, ele somente irá conseguir sobreviver se aceitar seu poder como um deus, desafiar a sorte e criar seu próprio destino.

Crítica: QUINCAS BERRO D'ÁGUA




Filme: QUINCAS BERRO D'ÁGUA
(nacional)

Ano: 2010

Dirigido por: Sérgio Machado

Elenco: Paulo José, Marieta Severo,Mariana Ximenes, Vladimir Brichta,Flávio Bauraqui...

Sinopse: Salvador. Quincas (Paulo José) é um funcionário público cansado da vida que leva. Um dia ele resolve deixar sua família de lado e cair na farra, ganhando fama como Quincas Berro D'Água, o rei dos vagabundos. Quando ele é encontrado morto em seu quarto, sua família resolve apagar os vestígios de sua fase arruaceira e lhe dar um enterro respeitável. Só que seus amigos surgem no local e decidem levá-lo para uma última farra.

RECENTE NAS LOCADORAS

NINE**

(Nine, 2009/EUA)
Dirigido por: Rob Marshall

Sinopse: Guido Contini (Daniel Day-Lewis) é um famoso diretor de cinema às voltas com a crise da meia idade, repleto de problemas pessoais e com déficit criativo. Homem de muitas mulheres, seu maior desafio é buscar o equilíbrio entra a esposa (Marion Cotillard), sua amante (Penélope Cruz), sua atriz/musa no cinema (Nicole Kidman), sua figurinista e confidente (Judi Dench), uma jornalista de moda (Kate Hudson), uma prostituta (Fergie) e sua própria mãe (Sophia Loren).

A obra prima de Rob Marshall, em minha opinião, é sem dúvida alguma o musical Chicago. Ali, MarshalL dirigi uma história eficiente, com um desenvolvimento eficiente e atores que mostram extrema competência para com as músicas, que por sinal são bem envolventes. Entretanto, neste ano de 2010 Marshall retorna ao gênero musical com mais um trabalho baseado em uma peça de teatro (no caso da Broadway) cuja inspiração é um dos melhores filmes do cinema, o excelente Fellinis 8 1/2.

Adaptar Fellini para uma fita musical e esperar obter um resultado bom já algo bem improvável de acontecer. A peça em si já foi um fracasso de crítica, e o resultado para este Nine não é diferente. Um filme recheado de atores ganhadores do Oscar tinha que ao menos causar uma forte emoção no público, porém, ninguém aqui consegue se sobressair e Marshall acaba criando um filme cansativo em seu desenrolar, um desenvolvimento que pouco parece com um musical e ainda, explora erroneamente os personagens. A unica pessoa que pode-se dizer encantadora mesmo é Marion Cottilard, que transmite com muita competência e talento os sentimentos de dor e tristeza vividos por sua personagem.

As músicas aqui também não são nada memoráveis. Para dar conta da demanda de atores que recheia a fita, Marshall decide distribuir igualmente as canções de forma que cada ator faça seu show, e a sensação final que temos, é que Nine é apenas um show de atores famosos que estão ali somente para divulgarem seus rostinhos. Sophia Loren está esquisita e com uma cara de estátua de mármore, não conseguindo nem mexer a boca. Nicole Kidman não faz nada que presta e pouco aparece. Penélope Cruz está apenas divulgando seu corpinho espanhol sexy. Kate Kudson agrada com um numero divertido e Daniel Day Lewis não consegue ter a mesma eficiência que Marcelo Mastroianni (de 8 1/2) ao tentar transpor e montar os sentimentos do personagem principal do filme, que é um diretor de cinema que se encontra sem inspiração para gravar seu próximo trabalho, e decide assim, busca esta inspiração nas mulheres de sua vida.

UM HOMEM SÉRIO****
(A Serious Man, 2009/EUA)
Dirigido por: Irmãos Cohen

Sinopse: Em 1967, Larry Gopnik (Michael Stuhlbarg) é um professor de Física da Universidade de Midwestern, que acaba de ser informado que sua esposa Judith (Sari Lennick) o está deixando. Ela apaixonou-se por um de seus colegas, Sy Ableman (Fred Melamed), que, aos seus olhos, é alguém muito mais interessante do que seu marido. A família de Larry também não é lá essas coisas: seu irmão Arthur (Richard Kind) mora em sua casa e dorme no sofá; seu filho Danny (Aaron Wolf) é um estudante problemático e rebelde; e sua filha Sarah (Jessica McManus) pega, frequentemente, dinheiro de sua carteira, para fazer uma plástica no nariz. Uma carta anônima também ameaça sua carreira na universidade. Larry, então, decide pedir conselhos a três diferentes rabinos que poderão ou não ajudá-lo, diante de tantos problemas.

Eu, particurlamente, gosto bastante do estilo de comédia dos irmãos Cohen. Um humor negro inteligente que ao mesmo tempo em que é crítico, consegue divertir e nos fazer pensar. Suas comédias não são aquelas comédias hilárias que você irá rir do começo ao fim, mãos são comédias com um desenrolar competente e cheia de reviravoltas que necessita da nossa atenção.

Aqui, neste Um Homem Sério, eles criam um filme autobiográfico que brinca com temas referentes a religião, aos judeus, a fé e a permanecer firme como Jó, ou seja, sem reclamar das adversidades da vida. O único problema do filme é que em alguns momentos os irmãos Cohen elevam ao extremo essa complexidade da história deixando quem assiste meio perdido e confuso, mais depois, quando voltam a sanidade, eles criam algo totalmente fora do comum e um material muito, mais muito eficiente. Quem assistiu "Queime Depois de Ler" quem o diga.

Crítica: CRIAÇÃO




Filme: CRIAÇÃO

(Creation - EUA)

Ano: 2009

Dirigido por: Jon Amiel

Elenco: Jennifer Connelly, Paul Bettany, Jeremy Northam, Toby Jones, Jim Carter, Benedict Cumberbatch, Pauline Stone, Teresa Churcher, Martha West.

Sinopse: Charles Darwin (Paul Bettany) revolucionou toda a história da humanidade com sua extraordinária obra - A Origem das Espécies. Suas idéias chocaram a todos, mas foi dentro de sua família, em especial sua esposa Emma (Jennifer Connely), onde ele encontrou os maiores desafios a sua teoria. Darwin viveu um dilema entre fé e razão, amor e verdade.

RELEMBRANDO... FÚRIA DE TITÃS (1981)

"APESAR DOS NOTÁVEIS E RELEVANTES ERROS DO ROTEIRO, FÚRIA DE TITÃS É UM ÉPICO PRAZEROSO E DIVERTIDO DE SE ASSISTIR."

Não sei se posso afirmar que este Fúria de Titãs de 1981 seja um clássico ou não. É um filme que para quem gosta de mitologia grega e conhece cinema sabe que existe, porém, a obra não é nada espetacular que seja digno de aplausos e mais aplausos. Eu, particurlamente, considero o filme somente um bom divertimento, para mim, não é um dos melhores épicos ou aventuras do cinema antigo que sejam memoráveis ou que conseguiram marcar a minha vida.

A história é baseada no mito de Perseu, da Mitologia Grega. Aqui, enfurecido com Zeus por este ter engravidado sua filha Danae, o rei Acrísio decide jogar sua filha ao mar juntamente com a criança, uma forma de mostrar sua revolta para com o deus dos deuses. E Perseu, salvo por seu pai Zeus, depois de alguns anos, embarcará numa jornada para salvar sua amada que será sacrificada ao mais assustador monstros dos mares, o Kraken, com isso, enfrentará o ex-pretendente de sua princesa, escorpiões gigantes, Medusa, bruxas e etc, tudo, em favor de seu amor.

Quero pedir desculpas para quem considera este Fúria de Titãs algo maravilhoso, porém, eu devo ser sincero aqui no blog e confessar que um dos grandes defeitos da fita é justamente não fazer jus ao seu próprio nome. O que poderia ser uma grande batalha épica, aqui, resumi-se apenas na ida do personagem principal em busca de uma solução para salvar sua amada. Não temos, necessariamente, grandes batalhas entre os Titãs da mitologia grega nem confronto entre deuses, que no caso, tornaria a obra bem mais eficiente e empolgante nos seus acontecimentos. Os deuses no filme são muito mal explorados e não causam impacto algum ao aparecerem em cena, e mesmo com eficientes atores, eles no filme, principalmente Zeus e Poseidom, são deixados totalmente de lado. Sem mencionar que considero Harry Hamlin um ator bem inexpressivo e não muito chamativo para fazer o papel de Perseu.

O detalhe mais interessante e competente de Fúria de Titãs é sem dúvida alguma sua produção. O filme possui efeitos especiais muito bem realizados e de encher os olhos (se formos olhar pela época em que foi realizado), e todos criados pelo mestre Ray Harryhausen, o gênio da técnica de stop motion que foi o responsável pelos efeitos de outros grandes filmes como: “Jasão e os Argonautas”, “Simbad Contra o Olho do Tigre” e "Simbad e a Princesa”. A direção de arte, construção dos cenários e maquiagem são detalhes também apreciáveis e notáveis neste épico de aventura. E vale também por alguns momentos que conseguem prender nossa atenção em frente ao ocorrido.

Vamos ver se o remake deste épico, que estreará nesta sexta-feira em todo o país, melhorará os defeitos e mancadas do roteiro deste filme de 1981, que apesar de bom e divertido, não é algo arrebatador ou memorável para toda uma vida, pelo menos para mim. Fúria de Titãs defino como um épico mitológico bom e agradável de ser assistir.


Nota: «««





Filme: FÚRIA DE TITÃS ***
(Clash Of The Titans - REINO UNIDO)

Ano: 1981

Dirigido por: Desmond Davis

Elenco: Laurence Olivier, Claire Bloom, Maggie Smith, Ursula Andress...

Sinopse: Perseu parte em uma viagem em busca de uma solução para salvar sua amada do Kraken.

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