Crítica: NÚMERO 9 - A SALVAÇÃO
Filme: NÚMERO 9 - A SALVAÇÃO
(9)
(9)
Ano: 2009
Dirigido por: Shane Acker
Elenco: Christopher Plummer, Martin Landau, John C. Reilly, Elijah Wood, Jennifer Connelly...
Apesar de Tim Burton não ser o diretor do filme, e sim, o produtor, é nítido que Número 9 – A Salvação teve a mão de Burton na questão estética. O estilo sombrio, a trilha sonora leve que acompanha alguma cena em que esteja sendo mostrada uma paisagem apocalíptica, são detalhes que tornam a película ainda mais com cara de Burton.
A história é a seguinte: Os seres humanos foram exterminados. É neste contexto que o boneco 9 (na voz de Elijah Wood) ganha vida, passando a buscar outros seres iguais a ele. 9 os encontra em uma pequena comunidade, que vive escondida com medo das máquinas que controlam o planeta. Apesar de ser novo no grupo, 9 tenta incentivá-los a sair do esconderijo e enfrentar os perigos, para que possam sobreviver. Só que antes ele precisa descobrir qual é o motivo das máquinas buscarem seu extermínio.
Apesar de ser bem feito, possuir algumas cenas de ação legais e ter uma história até interessante, Número 9 – A Salvação não consegue transmitir nada de importante ao público e também, não consegue explicar a história de maneira coerente e que faça o telespectador entender com facilidade.
Robôs surgem e mais bonequinhos de pano aparecem, lutas entre os dois são travadas e tudo isso acontece de forma tão rápida e sem explicação que é dificílimo entender o porquê daquilo tudo. O porquê de serem bonequinhos de pano o futuro do planeta? O porquê do criador de número 9 ser a chave para destruir os robôs? Estas são perguntas que o filme não consegue responder, e cria somente, um ambiente apocalíptico com muita ação e pouca informação.
E ainda, aquela fotografia dark que recheia os filmes de Burton, aqui, não dá certo. Nas cenas que se passam de dia, o ambiente terrestre ainda permanece sombrio, escuro, causando certo incômodo, pois isso acaba atrapalhando a própria pessoa de embarcar no ambiente do filme. Sem dizer que não é nada chamativo aos olhos das crianças. Poderiam colocar pelo menos um pouco de luminosidade, e tirar esse aspecto seco, escuro e morto que compõe Número 9 – A Salvação.
E outro erro extremamente grave da película, é o fato do filme não explorar os personagens de maneira correta, fazendo com o público não se identifique com eles. Pois, depois da história, o mais importante de um filme é possuir personagens fortes que possam segurar a obra, e aqui, em Número 9 – A Salvação, os personagens soam desinteressantes e sem importância. O principal poderia morrer que ninguém sentiria sua falta.
Número 9 – A Salvação poderia ser melhor, mais nem o diretor e nem Tim Burton conseguiram criar um filme agradável. Até mesmo a canção “Somewhere Over The Rainbow”, que é tocada em certo momento do filme, soa totalmente clichê e desagradável. FRACO!
Nota: ««
Crítica por Matheus C. Vilela
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