Crítica: SALVE GERAL
Salve Geral foi o filme brasileiro escolhido para tentar uma vaga nos cinco finalistas do Oscar, porém, o longa nem deve chegar perto da maior premiação do cinema, justamente pelo fato do filme ser uma obra extremamente irritante, mal feita e totalmente insuportável.
O filme é baseado na série de ataques que ocorreram nas ruas e nos presídios de São Paulo organizados por integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital). E para se criar uma história que pudesse ao mesmo tempo mostrar como tudo aconteceu, os roteiristas chamaram Andréa Beltrão, que interpreta Lúcia, uma professora de piano que é mãe de um menino de 17 anos que acaba sendo preso por um assassinato. E na tentativa de tirá-lo da prisão, Lúcia acaba se envolvendo com o PCC.
Confesso para vocês leitores que assistir Salve Geral foi algo complicado. Primeiro porque eu já não estava agüentando ficar sentado na cadeira do cinema vendo a este filme, e segundo, que ao término da projeção eu vi ali toda minha empolgação para com a película ir totalmente embora.
Desde o começo da divulgação de Salve Geral, os responsáveis por esta atividade venderam a obra como sendo um filme que mostraria de maneira emocionante e arrebatadora o que aconteceu naquele fim de semana em São Paulo, e ao decorrer da projeção, fiquei extremamente decepcionado pelo fato da película se focalizar totalmente no drama familiar de Andréa Beltrão (que apesar de ser uma ótima atriz, aqui não convence) e deixar de lado tudo aquilo que eles haviam vendido, ou seja, mostrar sem rodeios como foi aquele fim de semana.
Os atores do filme também estão sofríveis. Andréa Beltrão tenta salvar o longa de cair ladeira abaixo, mais acaba indo junto. Sem dizer também, que nenhum artista que interpreta algum bandido ou preso consegue convencer ser um bandido, principalmente por causa de estes falarem um português extremamente bem falado, com poucos erros e gírias.
Resumindo, Salve Geral é um filme mal construído, com situações que pouco empolgam ou emocionam, com atuações de rasgar o chapéu e um roteiro totalmente insuportável. Quando os presos começam com aquelas falas de reflexão, querendo criticar o governo brasileiro e a forma como são as prisões, é uma coisa totalmente INSUPORTÁVEL.
Simplesmente, Salve Geral é um dos filmes brasileiros mais fracos de 2009. E fico totalmente triste por ver Andrea Beltrão dar um grande deslize em seu currículo e por este filme ser o representante do Brasil numa vaga ao Oscar.
Nota:
Crítica por Matheus C. Vilela
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