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Para começo de conversa o novo Star Trek não é nenhum remake dos filmes anteriores ou uma adaptação da série de TV, mas sim, um recomeço geral dessa franquia que além de ser o marco da ficção científica, conquistou o carinho de milhões de pessoas no passado. E o diretor J.J Abrams deseja fazer a mesma coisa com a geração de hoje, ou seja, conquistar aqueles que nunca tiveram contato com o material original.

Star Trek (ou Jornada nas Estrelas) foi criado pelo roteirista e produtor Gene Roddenberry na década de 60 e se tornou um ícone da ficção científica, conquistando milhões de fãs ao redor do mundo. Combinando uma série de seis seriados televisivos, dez filmes para o cinema, centenas de livros, enciclopédias, manuais técnicos e até mesmo uma série de textos científicos e filosóficos, Star Trek tem como debate diversos temas sociais como: racismo, independência, superação, sexualismo, guerra, paz, imperialismo, autoritarismo, direitos humanos e o espaço da tecnologia em nossas vidas.

Apesar dos altos e baixos vivido por Jornada nas Estrelas no cinema, o longa denominado apenas de Star Treck conta o surgimento do grupo formado pelo Capitão Kirk, pelo vulcaniano Spock, pelo Tenente Mckoy, por Scott, Sulu, e dentre outros heróis conhecidos pelo publico. O filme dirigido por J.J Abrams (Missão Impossível III, Lost) é uma delícia de se assistir. Sempre com batalhas espaciais fantásticas, lutas de tirar o fôlego e principalmente um humor sob medida, o filme que marca a volta de Star Trek aos cinemas é um diversão descompromissada que quem é fã de ficção científica e principalmente da série e dos longas antecessores não pode perder. E o fã não deve se preocupar com alguns pequenos detalhes mudados pelo diretor, pois aqui, não interfere em nada na história ou na eficiência do longa.

O elenco do longa está bem escalado. Os atores apesar de jovens conseguem levar um blockbuster como este nas costas. Leonard Nimoy (Spock dos filmes antigos) faz uma participação super especial como a versão mais velha de Spock.

O filme é muito bem produzido. O longa é recheado de efeitos especiais em praticamente todas as partes, porém, os efeitos são outro ponto super positivo do filme. As lutas espaciais, os ataques as naves, os planetas, as explosões no espaço são impressionantes, e se assistido no cinema o filme se torna uma experiência única. E outra coisa que faz do longa, podemos dizer “assistível” no cinema é seus efeitos sonoros, que se juntado com o som digital e alto da sala, você pode ter certeza que estará numa guerra espacial.

A história segue centrada principalmente na vida e no relacionamento entre Capitão Kirk e Spock. Porém se for olhada de modo geral o enredo do filme é previsível e não possui absolutamente nada de novo. Mais o que importa aqui não é se a história é previsível ou não, mais sim, a ação e o clímax que o longa é capaz de proporcionar. A dinâmica do filme também caí em alguns momentos, tornando-se meio monótono por causa da quantidade seguida de diálogos, mais nada que o diretor J.J Abrams não consiga consertar.

Star Trek reinicia com pé direito essa nova era de Jornada nas Estrelas. E se tivermos uma continuação, estarei esperando ansioso para rever nas telonas o tripulação da Enterprise, a nave espacial mais conhecida do cinema. RECOMENDADO!