Primeira crítica de O DEFENSOR (DEFENDOR/2010)
Woody Harrelson, enfim, vêm ganhando o reconhecimento que sempre almejou ter. O ator está crescendo bastante no cinemão hollywoodiano e em meio ao seu grande sucesso Zumbilândia e sua indicação ao Oscar pelo filme O Mensageiro, Harrelson estrela um pequeno trabalho ainda sem data prevista de estreia no Brasil, onde este interpreta um sujeito que se acha ser um super-herói e seu alto denomina DEFENDOR, é isso mesmo, De-fen-DOR com DOR bem no final.
A fita, dirigida por Peter Stebbings, aposta todas as cartas no talento cômico de Harrelson e encontra aí seu grande êxito. Aqui, apesar de ser um “super herói”, Harrelson não nos apresenta um personagem “fodão” que é apaixonado em bater nas pessoas, mais sim, uma figura inocente, humilde, com muitos problemas na vida e que decide, a partir daí, combater o crime e prender o suposto assassino de sua mãe chamado por ele de Senhor Indústria, e tudo, sem a menor capacidade bélica, física ou mental para isto. Porém, vale a inocência e a necessidade de fazer o bem, principalmente se isto é conduzido por um ator simpático e bem divertido. Afinal, a obra pega o embalo do inédito Kick Ass onde uma pessoa normal decide virar super herói pra meter porrada nos caras maus, e neste O Defensor, o que não falta é uniforme, apetrechos e situações que homenageiam a palavra “TOSCA”, como por exemplo: o logotipo em sua roupa feito de fita adesiva prata e atacar os bandidos com bolinhas de gude, mais tudo claro, feito de forma bem proposital para divertir o telespectador.
Entretanto, O Defensor também não deixa de ter seus problemas. Apesar da divertida e simples atuação de Woody Harrelson, o diretor Peter Stebbings erra ao criar um ritmo muito sério para um filme, que se fosse levado menos a serio, daria uma comédia muito mais divertida e principalmente, bem mais engraçada. E a falta de ação e piadas inteligentes, e engraçadas, colaboram para a ineficiência do roteiro e um desenvolvimento por vezes bem fraco. Um estilo Kick Ass ou Zumbilândia ficaria bem mais legal.
O melhor de tudo é realmente Woody Harrelson. O enredo pode não colaborar muito e ser bem fraco, mais devido a já dita simpatia e simplicidade de Harrelson, O Defensor, de modo geral, é uma comédia simplória e despretensiosa. Se caísse nas mãos de um diretor mais capacitado e talentoso quem sabe o resultado final não seria bem mais satisfatório? Mais vale a pena conferir!
Nota: «««
Crítica por Matheus C. Vilela
Acho que ficou bom justamente por ter a mistura de drama e comédia. É melhor que Kick Ass e Zumbilândia.