Crítica: ARSÉNE LUPIN - O LADRÃO MAIS CHARMOSO DO MUNDO (em DVD)


Filme: ARSÉNE TUPIN - O LADRÃO MAIS CHARMOSO DO MUNDO***
(Arsène Tupin)


Ano: 2004
Lançamento no Brasil: 2010

Dirigido por: Jean-Paul Salomé

Elenco: Romain Duris, Kristin Scott Thomas, Eva Green...

Marcado pela morte dos pais, um sedutor, charmoso e brilhante jovem torna-se um ladrão despreocupado e embriagado pela euforia dos primeiros grandes êxitos. Porém, depois de conhecer a condessa de Cagliostro, ele se transforma em um ladrão de primeira categoria. E em busca de um grande tesouro perdido dos reis da frança Arséne Lupin acabará encontrando seu passado no decorrer da viagem.

O Ladrão Mais Charmoso do Mundo tinha tudo para ser uma aventura divertida e inteligente narrada sobre a competência do cinema frânces, entretanto, o que tinha tudo para dar certo, aqui, resumiu-se a uma duração longa, um desenrolar frenético e uma historinha nada nova. O filme, de um modo geral, diverte, mais é impossível não sentir aquela sensação de que poderia ser bem melhor. O detalhe do charme, dos roubos e das adversidades encontradas pelo personagem são pouco exploradas pelo roteiro e este preocupa-se somente em colocar detalhes que mudam totalmente a idéia da fita, ou seja, situações sobrenaturais. Sem falar na enrolação do texto para com os diversos acontecimentos. Aqui, tudo vai sendo empurrado com a barriga e cada reviravolta soa como uma cópia da anterior, onde nenhuma é renovada e somente o cenário e transfigurado.

Entretanto, o fita encontra sua redenção no elenco afinado e na competência de certas cenas de ação. Mais o fator mais impressionante e notável da obra é sua impecável e belíssima fotografia, figurino e representação da época, que no caso aqui, seria 1894. A produção de o “Ladrão Mais Charmoso do Mundo” é sem dúvida alguma a melhor coisa a ser apreciada no filme. Tudo é de extrema beleza e primor visual.

Dirigido por Jean-Paul Salomé e tendo no elenco atores conhecidos e competentes como Kristin Scott Thomas e Eva Green, Ladrão Mais Charmoso do Mundo é um divertimento agradável e nada surpreendente (coisa que poderia ser). Os deslizes do roteiro e a embromação para com o desenrolar da história são fatores que atrapalham e tiram um pouco da graça e empolgação, porém, vale a pena, como já dito, pela estupenda produção e o afinado e divertido elenco. E só.

Nota: «««
Crítica por Matheus C. Vilela

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