RECENTE NAS LOCADORAS

NINE**

(Nine, 2009/EUA)
Dirigido por: Rob Marshall

Sinopse: Guido Contini (Daniel Day-Lewis) é um famoso diretor de cinema às voltas com a crise da meia idade, repleto de problemas pessoais e com déficit criativo. Homem de muitas mulheres, seu maior desafio é buscar o equilíbrio entra a esposa (Marion Cotillard), sua amante (Penélope Cruz), sua atriz/musa no cinema (Nicole Kidman), sua figurinista e confidente (Judi Dench), uma jornalista de moda (Kate Hudson), uma prostituta (Fergie) e sua própria mãe (Sophia Loren).

A obra prima de Rob Marshall, em minha opinião, é sem dúvida alguma o musical Chicago. Ali, MarshalL dirigi uma história eficiente, com um desenvolvimento eficiente e atores que mostram extrema competência para com as músicas, que por sinal são bem envolventes. Entretanto, neste ano de 2010 Marshall retorna ao gênero musical com mais um trabalho baseado em uma peça de teatro (no caso da Broadway) cuja inspiração é um dos melhores filmes do cinema, o excelente Fellinis 8 1/2.

Adaptar Fellini para uma fita musical e esperar obter um resultado bom já algo bem improvável de acontecer. A peça em si já foi um fracasso de crítica, e o resultado para este Nine não é diferente. Um filme recheado de atores ganhadores do Oscar tinha que ao menos causar uma forte emoção no público, porém, ninguém aqui consegue se sobressair e Marshall acaba criando um filme cansativo em seu desenrolar, um desenvolvimento que pouco parece com um musical e ainda, explora erroneamente os personagens. A unica pessoa que pode-se dizer encantadora mesmo é Marion Cottilard, que transmite com muita competência e talento os sentimentos de dor e tristeza vividos por sua personagem.

As músicas aqui também não são nada memoráveis. Para dar conta da demanda de atores que recheia a fita, Marshall decide distribuir igualmente as canções de forma que cada ator faça seu show, e a sensação final que temos, é que Nine é apenas um show de atores famosos que estão ali somente para divulgarem seus rostinhos. Sophia Loren está esquisita e com uma cara de estátua de mármore, não conseguindo nem mexer a boca. Nicole Kidman não faz nada que presta e pouco aparece. Penélope Cruz está apenas divulgando seu corpinho espanhol sexy. Kate Kudson agrada com um numero divertido e Daniel Day Lewis não consegue ter a mesma eficiência que Marcelo Mastroianni (de 8 1/2) ao tentar transpor e montar os sentimentos do personagem principal do filme, que é um diretor de cinema que se encontra sem inspiração para gravar seu próximo trabalho, e decide assim, busca esta inspiração nas mulheres de sua vida.

UM HOMEM SÉRIO****
(A Serious Man, 2009/EUA)
Dirigido por: Irmãos Cohen

Sinopse: Em 1967, Larry Gopnik (Michael Stuhlbarg) é um professor de Física da Universidade de Midwestern, que acaba de ser informado que sua esposa Judith (Sari Lennick) o está deixando. Ela apaixonou-se por um de seus colegas, Sy Ableman (Fred Melamed), que, aos seus olhos, é alguém muito mais interessante do que seu marido. A família de Larry também não é lá essas coisas: seu irmão Arthur (Richard Kind) mora em sua casa e dorme no sofá; seu filho Danny (Aaron Wolf) é um estudante problemático e rebelde; e sua filha Sarah (Jessica McManus) pega, frequentemente, dinheiro de sua carteira, para fazer uma plástica no nariz. Uma carta anônima também ameaça sua carreira na universidade. Larry, então, decide pedir conselhos a três diferentes rabinos que poderão ou não ajudá-lo, diante de tantos problemas.

Eu, particurlamente, gosto bastante do estilo de comédia dos irmãos Cohen. Um humor negro inteligente que ao mesmo tempo em que é crítico, consegue divertir e nos fazer pensar. Suas comédias não são aquelas comédias hilárias que você irá rir do começo ao fim, mãos são comédias com um desenrolar competente e cheia de reviravoltas que necessita da nossa atenção.

Aqui, neste Um Homem Sério, eles criam um filme autobiográfico que brinca com temas referentes a religião, aos judeus, a fé e a permanecer firme como Jó, ou seja, sem reclamar das adversidades da vida. O único problema do filme é que em alguns momentos os irmãos Cohen elevam ao extremo essa complexidade da história deixando quem assiste meio perdido e confuso, mais depois, quando voltam a sanidade, eles criam algo totalmente fora do comum e um material muito, mais muito eficiente. Quem assistiu "Queime Depois de Ler" quem o diga.

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