RECENTE NAS LOCADORAS

É PROIBIDO FUMAR***
(É Proibido Fumar, 2009/BRASIL)
Dirigido por: Anna Muylaert

Sinopse: Baby (Glória Pires) é uma professora de violão, romântica e solitária, que deseja ardentemente viver uma grande paixão. Com a mudança de Max (Paulo Miklos), um músico de bar recém-separado, para o apartamento vizinho ao seu, Baby tem a chance de realizar seu sonho. Mas, para conquistar o amor, ela terá que abrir mão de seu mais antigo e fiel companheiro, o cigarro.

Existem filmes que não são emocionantes ou marcantes em sua estrutura, entretanto, de certa forma, alguns desses tipos de filmes nos conseguem conquistar com sua história agradável e a simpatia de seus atores, e isto, é justamente o que posso falar de É Proibido Fumar, dirigido pela diretora e roteirista Anna Muylaert e estrelado por Glória Pires e Paulo Miklos.

Uma das melhores qualidades deste trabalho considerado o Melhor Filme no Festival de Brasília do ano passado é sem dúvida alguma a direção de Anna Muylaert. Anna desenvolve a história com um estilo bem filme Cult onde sempre posiciona a câmera em um ponto e deixa o restante por conta dos atores, e o melhor tudo, é que essa opção da diretora para filmar É Proibido Fumar não soa, em nenhum momento, cansativa ou algo prejudicial à eficiência da obra, pois acima de tudo, a fita consegue envolver quem está assistindo devido ao extremo talento e a ótima química formada entre os seus dois protagonistas. Glória Pires encanta e consegue, até nos momentos mais propícios ao martírio, chamar a atenção do público para com a história, e Paulo Miklos diverte e agrada com seu jeitão de músico apaixonado por MPB. Os dois estão fantásticos e é a melhor coisa existente na película.

Entretanto, claro, É Proibido Fumar não é uma perfeição toda. Acho que a relação entre os dois personagens começa um tanto quanto rápida deixando a sensação de que a história está com muita pressa de explorar esse início do relacionamento e ainda, o romance entre os personagens necessita um pouco de nuance, detalhe que deixaria a relação ainda mais identificável e emocionante para o público. Porém, apesar disso, É Proibido Fumar é um trabalho muito competente de Anna Muylaerte e é um filme que merece ser assistido, pois apesar dos deslizes, é um material envolvente, divertido e que possui seus momentos de imprevisibilidade. Pode não ser o melhor filme brasileiro lançado em 2009, mais também não faz feio.

JOGO DE MENTIRAS*
(Moment of Truth, 2010/EUA)
Dirigido por: Jake Goldberg

Sinopse: Quando Don McKay, um tranqüilo zelador de colégio, recebe uma carta dizendo que Sonny, sua amada de infância, está mortalmente doente, ele volta correndo à sua cidade natal. Imediatamente eles reatam o antigo romance, mas obscuros personagens do problemático passado de Sonny começam a aparecer e logo Don se vê enredado num jogo de crime, traição e mistério. Mas quando nada é o que parece... até mentiras se tornam verdade!

Eu não consigo entender como produtores e diretores são capazes de continuarem realizando filmes de suspense ao estilo deste Jogo de Mentiras. Será que eles não lêem o roteiro antes para entenderem que aquela história não decola e não dará resultado? É simplesmente tedioso perder uma hora e meia de nossa preciosa vida sabendo que poderia estar vendo coisa melhor. Este Jogo de Mentiras serve para comprovar ainda mais a tese de que nem mesmo o mercado de home video de filmes americanos está conseguindo produzir coisas boas, e isto é algo ruim tanto para o o cinema quanto para o próprio público em si.

O roteiro deste Jogo de Mentiras além de reciclar uma estrutura narrativa nada nova, consegue ao mesmo tempo ser incapaz de envolver o público e fazê-lo sentir a tensão vivida pelos personagens devido aos acontecimentos. Dirigido por um desconhecido chamado Jake Goldberg, o filme em muitos pontos pende para o drama novela e pouco consegue engrenar de forma empolgante no seu ritmo narrativo, que é lento e arrastado. Uma história cheia de revelações e tramas que poderiam ser chocantes, aqui, resumi-se somente a situações que não conseguem impactar e surpreender o público, e tudo, encabeçado por atuações horríveis e inexpressivas de atores que já concorreram ao Oscar. E para completar a desgraça, o desfecho da fita é algo megalomaníaco recheado de explicações mal explicadas e motivos ilógicos. Jogo de Mentiras é mais uma dessas decepções do mercado de home video onde a vontade que fica é de quebrar tanto o aparelho de DVD quanto o próprio CD do filme.

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