Crítica: A ONDA


Filme: A ONDA
(Die Welle)

Ano: 2008

Dirigido por: Dennis Gansel

Elenco: Jürgen Vorgel, Frederik Lau, Max Riemelt, Jennifer Ulrich...

"Com um timbre perfeito, uma mensagem forte e uma séria crítica ao poder do fascismo, A Onda é um filme espetacular que merece não só aplausos, mais sim, reconhecimento."

Dirigido por Dennis Gansel, A Onda é um filme extremamente político que constrói uma estrutura de roteiro extremamente comum, mais que consegue impactar e emocionar através de seus acontecimentos.


Eu estava extremamente ansioso para assistir a este filme, e confesso que o longa superou minhas humildes expectativas e conseguiu ir mais além do que eu esperava. Além do talento para conduzir câmera e captar aquela essência emocional do roteiro, Dennis Gansel cria um filme político que não caí no militantismo e consegue de forma espetacular emocionar o telespectador.


A história é a seguinte: Um professor de ensino médio chamado Rainer Wegner precisa ensinar seus alunos sobre autocracia. E devido ao interesse destes para com o assunto, Rainer decidi realizar um experimento, que na prática, mostrará como funciona os mecanismos do fascismo e do poder. Com isso, juntamente com a sala, ele cria um grupo de “fascistas” e se auto-denomina líder deste grupo. Porém, Rainer não esperava que tal experimento fosse tomar proporções tão grandes, fazendo seus alunos a propagar o poder e começar a ameaçar a sociedade, com atos violentos e com atitudes de puro vandalismo.


Quando a coisa torna-se ainda mais séria, interferindo até mesmo na escola e chegando a aparecer em jornais, Rainer decide interromper este experimento. Entretanto, já é tarde, pois A Onda, como é intitulado o grupo, já saiu de seu controle transformando-se em um verdadeiro grupo fascista. A história é baseada em fatos reais e ocorreu na Califórnia em 1977.


Com uma séria crítica ao fascismo e até onde este regime ditatorial pode nos levar e nos transformar, o filme A Onda mostra de forma sensacional o quão fácil nossa mente humana pode ser dominada. Pois através de um simples trabalho escolar, foi criado uma organização com base em idéias fascistas (principalmente o uso da violência) que acabou levando a história para um final trágico, triste e desolador.


A Onda é um filme que mostra de forma simples e direta a inutilidade de medidas tão violentas e autoritárias como as quais impostas por Mussolini, e mostra também que até hoje o ser humano não está isento de ser dominado por esses ideais. Com certeza, A Onda é um filme de se tirar o chapéu e aprender que problemas não se resolvem por imposições, e sim, pela maturidade de cada ser humano.


Claro, que do mesmo modo que os Estados Unidos se vangloria em seus filmes, a Alemanha aproveita a oportunidade para fazer o mesmo. Em diversos momentos, a obra pende para um enorme patriotismo alemão, que em muitas vezes, acaba tornando a película meio repulsiva.


E acho também que o filme poderia ter se focalizado com mais ênfase nos problemas de certos alunos, porém, a obra procura se focalizar demais nesses sermões patriotas que procuram retirar, de todas as maneiras, aquela imagem ditatorial que marcou a Alemanha na Segunda Guerra Mundial.


Eu particularmente não sou fã do cinema alemão por achá-lo meio sem emoção, porém, este A Onda já começou a mudar meu conceito, RECOMENDADO!


Nota:««««


Crítica por Matheus C. Vilela


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