Crítica: 44 MINUTOS


Filme: 44 MINUTOS

(44 Minutes: The North Hollywood Shoot-Out)

Ano: 2004

Dirigido por: Yves Somoneau

Elenco: Michael Madsen, Lon Livingston...

Uma coisa que me irrita profundamente em grande parte destes filmes onde a polícia está atrás de bandidos é que na maioria dos casos a polícia é uma verdadeira incompetente. E este 44 Minutos é um filme com altas e notáveis qualidades, porém, esse detalhe é algo que me incomodou profundamente em todo o climax final da obra, fazendo com que a empolgação acabasse e que minha nota final não fosse a que eu esperava dar.

O filme narra um acontecimento real ocorrido em 1996 nos EUA. Dois bandidos começaram a assaltar um banco, a polícia e a imprensa apareceram e quando os dois saíram do estabelecimento começaram a atirar constantemente com armas AK-47, usadas na guerra. O tiroteio entre policiais e os dois bandidos duraram 44 minutos e o ocorrido ficou conhecido como um dos maiores atos criminosos já ocorridos nos EUA.

O diretor Yves Somoneau (que desconheço) mostra-se com extremo talento ao criar bem filmadas e ótimas cenas de tiroteio. O clímax é longo e bem envolvente, as cenas são bem editadas e o som está impecável. A transposição do acontecimento real para o filme soa convincente e é muito bem realizado. Porém, 44 Minutos não deixa de ter seus deslizes.

Apesar de ser um filme onde o diretor procura apenas mostrar como foi o acontecimento de 1996, não impede que o enredo explore um pouco mais seus personagens. No meio dessas cenas de ação Yves Somoneau vai mostrando os personagens em uma entrevista explicando o momento e como tudo aconteceu, porém, o roteiro não explora a fundo quem são esses personagens, então, pouco se tem conhecimento de quem sejam e qual foi seu papel de importância. Ficamos com aquela sensação de que todos ali são apenas meros coadjuvantes.

E assim como mencionei no primeiro parágrafo, o detalhe chato da obra é aquele que envolve a polícia. O tiroteio durou 44 minutos, e no decorrer disso, o filme mostra tantas oportunidades e situações favoráveis para deterem os bandidos que ver tudo isso não sendo usado é algo totalmente irritante. Um exemplo: Em um dado momento, os bandidos estão carregando suas armas bem em frente à mira dos policiais, porém, nesse tempo livre ninguém da um único tiro ou faz algo que preste para impedir que eles voltem a atirar. E se o que eu assisti tiver ocorrido realmente na vida real, então a policia americana precisa evoluir bastante.

44 Minutos, apesar desses detalhes que incomodam e deixam qualquer um louco no sofá, é um filme bom de se ver. Possuí um clímax agradável e bem realizado. A direção deste Yves Somoneau é impecável e de alta competência. E por menos que tenha estes pequenos incômodos, o filme consegue prender a atenção.

Nota:«««
Crítica por Matheus C. Vilela

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