Crítica A LISTA DE SCHINDLER


Filme: A LISTA DE SCHINDLER
(Schindler´s List)

Ano: 1993

Dirigido por: Steven Spielberg

Elenco: Liam Neeson, Ben Kingsley, Ralph Fiennes, Caroline Goodall, Jonathan Sagall, Embeth Davidtz, Malgoscha Gebel, Shmulik Levy, Mark Ivanir, Béatrice Macola, Andrzej Seweryn.

A Lista de Schindler pode ser definido como um drama chocante e profundo. Profundo, por mostrar a frieza dos alemães para com o povo judeu. E chocante, por mostrar sem receio essa frieza. Destaque para a parte do extermínio do gueto judeu em 1943, uma das partes mais fortes e desoladoras do longa.

Dirigido pelo mestre Steven Spielberg, o filme conta a história real de Oskar Schindler, um nazista que salvou a pele de 1.100 judeus em meio uma guerra desumana e violenta.

Schindler era membro do Partido Nazista e decide, com a guerra, obter lucro usando a mão de obra judia. Com isso, começa a levar judeus para sua fabrica de panelas e começa, a partir daí, a faturar um bom dinheiro. O que motivou Schindler a salvar os mais de 1000 judeus foi ver a crueldade dos nazistas e a forma como estes tinham de obter poder e respeito. Sendo assim, Schindler criou uma lista com o nome de 1.100 judeus e passou a comprá-los para consequentemente livrá-los das mãos cruéis dos soldados nazistas. Na noite anterior ao termino da guerra, Schindler se define na frente de todos os judeus a quem salvou da seguinte maneira: “Sou parte do Partido Nazista. Sou fabricante de armas. Me aproveitei do trabalho escravo. SOU UM CRIMINOSO, e por isso eles me caçarão e me prenderão. E é por este motivo que tenho de fugir...”. Depois do ocorrido e do termino da guerra, Oskar Schindler se viu falido e com seu casamento arruinado, morrendo assim na miséria.

A Lista de Schindler foi lançado em 1992 e o diretor Steven Spielberg decidiu criar um filme em preto e branco, usando como motivo: amenizar o choque e a tensão das cenas violentas. Amenizar pode ate ter amenizado, mais o filme continua sendo chocante e forte. O preto e branco para mim deu apenas um charme e uma diferenciação que poucos filmes nos dias hoje possuem. Uma escolha ousada, porém, bem sucedida.

O filme também possuí pitadas de humor, como na parte em que Schindler esta avaliando as mulheres judias datilografarem, e se interessa somente por aquelas que são bonitas (que datilografam extremamente devagar) deixando de lado as que realmente sabem datilografar (que é o caso das gordas, velhas, feias).

A direção de arte do longa é primorosa. A representação dos guetos, das ferrovias, dos campos de concentração é de encher os olhos. Ewa Skoczkowska e Maciej Walczak (responsáveis pela direção artística do longa) criam um trabalho único e diferenciado, mostrando com perfeição um dos cenários da Segunda Guerra Mundial.

John Williams já colaborou bastante com Steven Spielberg e principalmente com o cinema, criando trilhas sonoras fantásticas e marcantes, como a dos filmes E.T – O Extra Terrestre, Jurassik Park, O Resgate do Soldado Ryan, Tubarão e a famosa musica tema do herói Indiana Jones. E neste A Lista de Schindler, Williams não fez diferente, criando uma verdadeira obra prima. Ao som do piano, a música principal do longa se consagra como mais um marco de John Williams ao mundo cinematográfico.

O elenco, o roteiro, o figurino, o som e a maquiagem são outros pontos positivos da produção. Mais o fator que é mais merecedor de elogios é o primoroso trabalho de Steven Spielberg, que criou um longa tenso, marcante, violento e bem contado. O diretor decedente de judeu não polpou esforços para contar a história de Schindler e mostrar sua visão e sua opinião sobre a guerra e o nazismo. Sem dizer na homenagem extraordinária e original feita a Oskar Schindler no final do longa, coisa que Spilberg preparou exclusivamente para esta obra prima do cinema. MAIS QUE RECOMENDADO!

Nota:«««««
Por Matheus C. Vilela

FILME GANHADOR DE 07 OSCARS: MELHOR FILME, MELHOR DIRETOR, MELHOR FOTOGRAFIA, MELHOR DIREÇÃO DE ARTE, MELHOR TRILHA SONORA, MELHOR EDIÇÃO E MELHOR ROTEIRO ADAPTADO.

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