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Dirigido por F. Gary Gray (Bee Cool) Código de Conduta é apenas mais um filme policial onde acontecem situações nada originais. Gerard Butler é um pai de família que se torna vítima de assalto dentro de sua própria casa, e acaba perdendo a esposa e a filha. Um dos culpados pelo crime, acaba ganhando liberdade depois de um acordo feito pelo promotor Nick (Jamie Foxx). E passado 10 anos, Clyde Shelton (Butler) retorna como um assassino brutal em busca de justiça, e tudo, para acabar com o corrupto sistema judicial e ensinar boas maneiras a essas pessoas que corrompem o sistema.

O personagem de Butler em Código de Conduta é uma espécie de Hannibal, Coringa e John Doe (de Seven) misturados. E apesar de não criar nada novo e reciclar trejeitos e atitudes destes outros já citados, Butler consegue se consagrar como a peça mais intrigante do filme e o grande responsável pelas cenas de maior tensão. O ator convence bastante na pele deste psicopata que se encontra disposto a ensinar às autoridades como se deve cumprir a lei e não cometer mais injustiças.

O roteiro de Código de Conduta adentra neste ambiente de corrupção do sistema judicial americano. E tudo ficaria mais interessante, se o diretor F. Gary Gray focalizasse neste tema e criasse uma história bem mais interessante sobre o assunto, mostrando os podres e as injustiças cometidas por esse sistema. Porém, F. Gary Gray opta por uma estrutura comum de POLICAL vs. BANDIDO sem se focalizar na corrupção existente na justiça americana, que apesar de rígida, possuí também seus pontos contras.

Entretanto, Código de Conduta não é uma obra ruim. As cenas de ação são bem realizadas e empolgantes. Os atores principais, Foxx e Butler, conseguem dar um ar diferente para a obra deixando-a mais dinâmica e intrigante. O único problema é esta falta de preocupação em explorar os temas interessantes que o roteiro proporciona, e criar, acima de tudo, uma desenrolar comum e não muito interessante . Mais a vela a pena conferir pelo ótimo ritmo e excelente elenco.