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O Golfinho não é necessariamente ruim, devemos olhar o esforço dos animadores e da equipe de realizar um trabalho sem muitos recursos tanto técnicos quanto financeiros. E assistindo a obra por esse lado, torna-se até mais prazeroso, pois estamos vendo ali o suor e a competência de profissionais que lutaram até o fim para finalizarem a fita.

Agora, avaliando com olhar crítico, O Golfinho anseia por um enredo melhor. O filme em todo momento preocupa-se apenas em ensinar, de forma direta, diversas lições de morais para o público (“Siga os seus sonhos.” “Não desista!” “Não escute pessoas que deseja te desanimar” e assim vai...) e não em criar uma trama onde possa envolver o telespectador no filme, e de fundo, transmitir as mensagens (como em Procurando Nemo). Agora, aqui o diretor só fica o tempo inteiro dando uma aula de força de vontade que acaba fazendo de O Golfinho uma animação insuportável.

E o gráfico também é mal feito, todo o ambiente é mal animado, os personagens são duros e inexpressivos, não conseguem se identificar com uma criança e muito menos ter alguma simpatia.

A única coisa que vale a pena em O Golfinho é sua trilha sonora, e principalmente, em ver o esforço de pessoas ao realizarem um trabalho tão difícil que é criar um filme de animação. E neste quesito eu até me identifico com a obra, pois eu, também me esforço e persevero para sempre oferecer o melhor aqui no Lumi7 e em tudo na minha vida. Entretanto, não é por causa disso que O Golfinho fica isentos de seus defeitos.