Crítica: SOB O CÉU DO LÍBANO (em DVD)


Filme: SOB O CÉU DO LÍBANO
(Le Cerfvolant - LÍBANO)

Ano: 2003

Dirigido por: Randa Chahal Sabag

Elenco: Flavia Bechara, Maher Bsaibes, Rasma Asmar.

Sinopse: Lamia tem 15 anos e mora perto da fronteira do Líbano com Israel. É lá que um grupo de crianças sempre brinca de empinar pipa, entre elas, o pequeno irmão de Lamia, Nabil. Ela é prometida em casamento para um primo que mora do outro lado da fronteira, mas a relação parece não vingar. Ao mesmo tempo, Lamia chama a atenção de um dos vigias da fronteira, que passa a se interessar por ela.

Romeu e Julieta já inspiraram muitos trabalhos durante a história do cinema. Temos Amor Sublime Amor, Tristão e Isolda, Romeu + Julieta e dentre outros tantos filmes. E agora, este desconhecido filme árabe chamado Sob o Céu do Líbano usa a estrutura da trama de Shakespeare para contar a história de dois apaixonados que são proibidos de ficarem juntos devido à intolerância da guerra enfrentada entre israelenses e libaneses, duas nações inimigas.

Eu sou apaixonado e acho extremamente interessante a cultura oriental. Khaled Hosseini quem o diga. Autor de dois livros pelos quais eu sou apaixonado (O Caçador de Pipas e A Cidade do Sol), Khaled é um grande exemplo e uma ótima pedida para quem quiser conhecer à cultura do oriente. Em seus livros, ele conta a história sempre usando um determinado fato histórico e pega diversos aspectos da região para desenvolvê-la. E aqui, apesar de ser cinema, o diretor Randa Chahal Sabag desenvolve a história usando como pano de fundo esse confronto entre israelitas e libaneses, e o modo como ele desenrola o enredo, sempre mostrando costumes e tradições, me fez lembrar-se de Khaled. Então, já é um ponto a mais para "Sob o Céu do Líbano".

Porém, Sob o Céu do Líbano não é perfeito. O amor entre os protagonistas falta mais ação, ou seja, intrepidez por parte dos apaixonados. Aqui, ninguém toma atitude para nada e tudo fica apenas em olhares e desejos. Romeu e Julieta iam contra a sociedade sem receio, se encontravam, lutavam pelo amor, aqui, os personagens não tomam atitude e o romance entre dois acaba não convencendo. Resumindo, faltou intrepidez, força de vontade.

Agora, Randa Chahal Sabag cria um ritmo bom e agradável de assistir, e juntamente com uma trilha sonora animadora e divertida, Sob o Céu do Líbano encanta. A falha fica mesmo para o roteiro. Agora direção, trilha e produção estão muito bem feitas e realizadas. A obra torna-se prazerosa por causa destas qualidades.

Vale à pena conferir este Romeu e Julieta contemporâneo oriental.

Nota:

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Crítica por Matheus C. Vilela

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