Crítica O SEGREDO DE BROKEBACK MOUNTAIN


Filme: O SEGREDO DE BROKEBACK MOUNTAIN
(Brokeback Mountain)

Ano: 2005

Dirigido por: Ang Lee

Elenco: Jake Gyllenhaal (Jack Twist), Heath Ledger (Ennis Del Mar), Michelle Williams (Alma Beers Del Mar), Anne Hathaway (Lureen Newsome Twist), Randy Quaid (Joe Aguirre), Linda Cardellini (Cassie Cartwright), Anna Faris (LaShawn Malone).

Dois caubóis recebem a função de escoltar um rebanho de ovelhas pela montanha Brockback. No período em que passam sozinhos na montanha, uma paixão entre os dois surge e marca para sempre a vida de ambos. Até depois de terem se casado com MULHERES, os caubóis são vencidos pelo fogo da paixão e começam a se reencontrar e saciar todos seus desejos.

Ang Lee embarca mais uma vez no mundo Hollywoodiano e realiza este romance gay, tendo como protagonistas Heath Ledger (O Cavaleiro das Trevas) e Jake Gyllenhaal (Zodíaco). O diretor, que alcançou fama nos Estados Unidos com o filme O Tigre e o Dragão, realiza aqui um longa que se olhado pelo modo estético, é bom. Porém, ao assisti-lo, percebi o tanto que a história e o desenvolver do romance entre os caubóis é fraco. A paixão entre ambos surge de forma grotesca e forçada, assim como o desenvolver deste relacionamento no decorrer de suas vidas. Um filme com uma trilha sonora tocante e movimentos de câmera sutis, tinha o dever de pelo menos levar o telespectador as lágrimas, independentemente de ser um romance gay ou não. E isto não acontece.

O elenco, bem escolhido, possui atuações fortes e complexas. Heath Ledger é um sujeito com uma dificuldade imensa de expressar seus sentimentos e também de aceitar muitos deles. Sempre quando seu personagem vai abrir a boca para dizer algo, é como se ao mesmo tempo este não a abrisse, pois em todo o longa, Ledger permanece com um jeito contraído e receoso, se refugiado sempre no silêncio. Jake Gyllenhaal já é o oposto. Seu personagem possui uma postura mais firme e sempre disposta a aceitar seus sentimentos. E com o passar do tempo, essas personalidades distintas juntamente com o preconceito da sociedade, influenciarão tanto o relacionamento do casal quanto as pessoas ao redor.

O único detalhe que não apreciei na obra de Ang Lee foi o começo e a desenvoltura do romance entre o casal gay. Tirando este detalhe, o filme possui, além do ótimo elenco, uma trilha sonora leve e delicada. Sem deixar de mencionar a perfeição com que Ang Lee criou os cenários da película. Uma direção de arte estupenda.

O Segredo de Brockback Mountain, assim como As Pontes de Madison, Romeu e Julieta, Tristão e Isolda e dentre outros, é um filme onde o casal que envolve a trama não pode assumir o relacionamento, principalmente por ser um relacionamento não muito aceito na época em que se passa a história. E isto desencadeia os diversos problemas e dificuldades do enredo. Tirando o tal detalhe que não me agradou na película, o filme agrada e consegue criar um ambiente melancólico e triste, que justamente com as ótimas atuações e a belíssima produção, consegue criar sim, um material agradável de ver. BOM!

Nota: ««««
Por Matheus C. Vilela
FILME VENCEDOR DE 03 OSCAR: MELHOR DIRETOR (Ang Lee), MELHOR ROTEIRO ADAPTADO e MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL.

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